Impostômetro

21 de maio de 2013

Shopping Eldorado reduz produção de lixo com horta orgânica

Pensar no futuro, promovendo a sustentabilidade em pequenas ações. Assim fez o Shopping Eldorado, na zona oeste de São Paulo, com sua iniciativa de construir uma horta totalmente orgânica, que chamou a atenção recentemente.


Horta 300x262 Shopping Eldorado reduz produção de lixo com horta orgânica
Horta já está em sua segunda colheita

O jornal Mais Notícias entrou em contato com o shopping para saber mais sobre a ideia inovadora: “Nosso projeto de sustentabilidade começou em 2011 e envolve várias ações, dentre elas, a compostagem e o Telhado Verde, que foi iniciado em maio de 2012 motivado pela necessidade de se usar o adubo vindo da compostagem. Até a criação do telhado, o adubo era doado para hortas comunitárias, como a Horta das Corujas”, explica o shopping via Assessoria.
A ideia surgiu como solução para gestão dos resíduos orgânicos. Desde o início da ação, há quatorze meses, a horta começou a funcionar e não parou de produzir: “depois de um teste conceito de trinta dias, hoje já são 1000 m² de horta e, até o fim do ano, devemos completar todo o telhado, de 9800 m². Já estamos na segunda colheita, sendo toda a produção destinada aos nossos colaboradores. A horta é inteiramente plantada com o composto/adubo processado aqui no shopping”.
Hoje o projeto processa “cerca de quatorze toneladas de resíduo orgânico por mês”, oriundo da Praça de Alimentação (somente sobras das refeições dos clientes). “Já iniciamos a inclusão das cozinhas dos restaurantes. Nosso objetivo é, em até cinco anos, reciclar 100% do lixo, compostando o orgânico e reciclando todo o restante, não enviando mais nenhum resíduo para os aterros”.
Para realizar o processo de compostagem, os alimentos como arroz, feijão, hambúrguer, pão, osso de frango, salada e serragem feita de madeira ecológica são misturados com bactérias especialistas em comer e digerir resíduos orgânicos com grande rapidez. Tudo é levado à betoneira por seis horas.
Para finalizar, o composto fica alguns dias descansando ao ar livre, exposto, por exemplo, ao sol e calor, ajudando a esterilizar e preparar para a terra para semear. “Diariamente, toda a sobra de comida nos pratos dos clientes é compostada, cerca de 300 kg por dia que se transformam em 300 kg de adubo, não há perda”. Tudo é fiscalizado por um engenheiro agrônomo.
Com a compostagem e a reciclagem, o shopping reaproveita 25% das 300 toneladas de lixo mensais, assim o Shopping Eldorado leva menos lixo para aterros sanitários. A iniciativa demonstra que é possível fazer algumas mudanças, que ajudam na economia e ao mesmo tempo trazem benefícios ao meio ambiente. Todos os alimentos produzidos pela horta são distribuídos para os funcionários após a colheita.

14 de maio de 2013

DEFENSIVOS NATURAIS



PREPARO E APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS NATURAIS1. OBJETIVOSOs principais objetivos com o uso de defensivos alternativos, são: obter produtos agrícolas mais saudáveis, evitar a contaminação do produto e do consumidor, manter o equilíbrio da natureza, preservando a fauna e os mananciais de águas, reduzir o número de aplicações de defensivos agressivos, aumentar a resistência da planta contra a ocorrência de pragas e patógenos e sinistros naturais, reduzir o custo de produção e aumentar a viabilidade do produtor. Além disto, os defensivos alternativos atendem a uma crescente procura por produtos sadios.
2. O QUE SÃO DEFENSIVOS ALTERNATIVOSSão considerados para uso como defensivos alternativos todos os produtos químicos, biológicos, orgânicos ou naturais, que possuam as seguintes caraterísticas:
• praticamente não tóxicos (grupo toxicológico IV), custo reduzido para a aquisição e emprego. baixa a nenhuma agressividade ao homem e à natureza
• simplicidade quanto ao manejo e aplicação, eficiência no combate aos insetos e microorganismos nocivos. alta disponibilidade para aquisição. não favorecer formas de resistência de insetos e microorganismos.
3. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTESa) Estas informações são resultantes de observações em testes regionais e de trabalhos de revisão da literatura, servindo apenas como sugestão quanto ao potencial de uso das caldas.
b) Para o emprego das caldas, recomendamos que sejam feitas observações preliminares em poucas plantas, considerando o local, clima, cultivar, etc.
c) O emprego das caldas fora das recomendações, o uso de matéria prima de baixa qualidade e o preparo e aplicações inadequados, poderão causar problemas, baixa eficiência e até fitotoxicidade .
5. UTILIZAÇÃO MAIS COMUM DE ÓLEOSO óleo tem ação inseticida, principalmente contra cochonilhas. É indicado para as culturas do abacate, café, citros, figo, manga, maçã, pêra e plantas ornamentais (hibiscus e azalfias). Contra cochonilhas de carapaça (cabeça de prego, escama virgula, escama farinha, parlatória, piolho de São José, etc. ) e cochonilhas sem carapaças ( cochonilhas verde, marrom e pardinha). O óleo utilizado deve ser de grau leve, podendo ser de origem mineral (princípio ativo: 80 a 85%), vegetal (93%) ou de peixe. Este último tem sido muito indicado para controle de pragas. A dosagem do óleo mineral deve ser: • primavera/verão: 1 litro/100 litros de água. • outono/inverno: deve-se aumentar para 1,5 a 2,0 litros em 100 litros de água.
6. OUTROS USOS DOS ÓLEOS Os óleos ainda combatem o pulgão, lagartas, moscas, mosquitos, ácaros (acaro vermelho), ovos e larvas de insetos, tripes, mosca branca e viroses (óleo mineral de parafina). O óleo pode ser adicionado em vários defensivos melhorando sua efetividade, como na calda bordalesa. Quando pulverizados na estação de dormência das plantas de clima temperado, antes do inchamento das gemas, provoca erradicação das formas invernantes das pragas, assim como das cochonilhas de carapaças, como a cochonilhas farinha.
7. PREPARO DAS MISTURAS DE ÓLEO Pulverizar com uma mistura de 1 litro de óleo vegetal + 100 gramas de sabão neutro ou 100 ml de sabão líquido e 15 litros de água. Agitar até obter uma emulsão turva. Óleo mineral emulsionável pode ser usado como alternativa; neste caso, misturar 30 ml em 1 litro de água.
• Pulverizar óleo vegetal ou mineral puro; diluindo 10 a 20 ml de óleo em 1,0 litro de água.
• Pincelar 2 ml. de óleo mineral ou vegetal sobre o fim da espiga de milho, contra ataque de insetos.
8. EMULSÃO DE ÓLEO:Ação de inseticida de contato, contra sugadores: ácaros, pulgões e cochonilhas. Ingredientes: 1,0 kg de sabão comum ou feito com óleo de peixe + 8,0 litros de óleo mineral + 4,0 litros de água. Preparo:
• Ferver e dissolver o sabão picado em 4 litros de água.
• Retirar do fogo e dissolver vagarosamente 8 litros de óleo mineral, ainda quente.
• Diluir uma parte do produto obtido em 10 a 50 partes
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INDICAÇÕES PARA O USO DA CALDA BORDALESA
CULTURADOENÇASSULFATO de COBRECAL VIRGEMÁGUA
Cebola, AlhoMíldio1.000g1.000g100 l
Tomate e BatataRequeima, Pinta Preta1.000g1.000g100 1
SolanáceasPinta Preta, Podridões800g400g1001
CucurbitáceasMíldio, Antracnose300g300g100 1
CaféFerrugem, Manchas foliares1.500g1.500g100l
Abacate e MangaAntracnose1.000g1.000g100 1
MorangoMancha de Micosferela500g500g1001
maracujáBacteriose, Verrugose400g400g1001
Macadâmia e PecãManchas1.000g1.000g100 l
Maçã e PêraSarna, Podridões400g800g
GoiabaVerrugose, Manchas600g600g1001
NêsperaManchas, Entomosporiose800g800g1001
CitrosVerrugose, Melanose, Rubelose600g300g
Uva 1001 ItáliaMíldio, Podridões600g300g1001
Uva NiagaraMildio Manchas500 / 600g800g1001
FigoAntracnose; Podridões800g800g1001
CaquiAntracnose; manchas300500g

OBSERVAÇÃO: A calda bordalesa é indicada para controle de Podridão de gomose ( fitofora ) em fruteiras, I aplicando no tronco e ao redor do solo na dosagem de 1,5 a 2,0%. É recomendada para tratamento de inverno e na pré brotação das gemas das fruteiras temperadas como figo, caqui uva pêssego, maçã, etc...  


TRATAMENTO DE INVERNO PARA ÁRVORES FRUTÍFERA Eng. agrn. SILVIO ROBERTO PENTEADO (DEXTRU/CATI)
Com a chegada do inverno, as pragas e os patógenos causadores de doenças, se preparam para atravessar o período invemal nas formas de resistência, abrigados nas cascas do tronco e ramos das frutíferas, para surgirem na primavera e causarem prejuízos da fase de brotação até a colheita. A calda sulfocálcica, pela sua eficiente ação fungicida, acaricida e inseticida é considerada o melhor produto para proceder à erradicação das pragas e patógenos hibernantes, pelo tratamento de inverno.
TRATAMENTO DE INVERNOApós a queda das folhas de ameixeiras, caquizeiros, figueiras, nectarineiras, macieiras, pereiras e videiras, durante o repouso das plantas, antes da brotação, adote as seguintes medidas: 1. Poda dos ramos secos, doentes e praguejados e remoção destes ramos e aqueles eliminados na poda de frutificação, retirando-os para fora do pomar. Pincelamento das áreas de corte com pasta bordalenga na proporção de 1,0 Kg de sulfato de cobre + 2,0 Kg de cal virgem + 10,0 litros de água. 2. Raspagem e limpeza de troncos e ramos com lesões, áreas doentes, praguejadas e com algas ou liquens. Pincelamento com pasta bordalesa. 3. Pulverização com calda sulfocálcica na diluição de 1,0 litro de calda concentrada (32,0 graus Baum.) para 10,0 litros d'água; pulverizar muito bem a planta 1 ou 2 vezes no inverno. A fabricação da calda sulfocálcica, pasta bordalesa ou calda bordalesa na propriedade, com a utilização da cal virgem, reduz os custos de tratamentos fitossanitários e permite obter um produto de melhor qualidade, além de aumentar a eficiência. ** Quem faz tratamento de inverno, reduz os tratamentos de verão! 

PREPARO DA CALDA SULFOCÁLCICA Produtos
• 12,5 Kg de cal virgem
• 25,0 Kg de enxofre em pó . 10.0 L de água
METODOLOGIA NO PREPARO:• Num tambor de ferro de 200 litros, dissolva o enxofre com um pouco de água quente, até formar uma pasta; • Coloque fogo sob o tambor e complete o volume até 80 litros de água;
• Após o inicio da fervura, adicione a cal virgem aos poucos, mexendo constantemente, com uma pá de madeira;
• Ferver por 60 minutos, fazendo a adição de água fria (20 litros). Quando levantar a fervura, manter o volume em 100 I.;
• Quando a calda estiver com a cor pardo avermelhada estará pronta. Deixar esfriar e coar em um pano ou peneira fina;
• A armazenagem da calda sulfocálcica pode ser feita por um período máximo de 30 dias. Em recipiente de vidro ou bombona plástica desde que sejam muito bem vedados. Obs.: O Enxofre ventilado malha 200 possibilita melhor aproveitamento, tornando viável/ a produção de calda com densidade maior que 32 graus Baumé.
UTILIZAÇÃO DA CALDA SULFOCÁLCICA• É recomendável a adição de espalhante adesivo à calda (20 para 100 litros de calda).
• Conheça a qualidade da calda usando o densímetro (Aerômetro de Baumé). Uma boa calda deve apresentar uma densidade de 30 e 32 graus Baumé 6.
• O uso de uma cal virgem de baixa qualidade, velha ou carbonatada, reduz e até inviabiliza a qualidade e eficiência da calda sulfocálcica.
• A calda diluída deve ser utilizada no mesmo dia do preparo.
• No preparo e aplicação da calda, seguir os mesmos cuidados recomendados quanto ao manuseio de outros defensivos agrícolas.
• Após aplicação, lavar bem os equipamentos com solução de uma parte de vinagre e dez partes de água.
• Observar o intervalo mínimo de 20 dias entre a aplicação da calda sulfocálcica e a aplicação de óleo ou calda bordalesa.
• Em goiabeira o tratamento pode ser feito logo após a poda total, na concentração de 1,0 litro em 10.0 Litros de água voltar

SUGESTÕES DE PREPARADOS COM ERVAS ESPECÍFICAS PARA CONTROLE DE INSETOS E OUTROS - Macerado de samambaiaColocar 500 gramas de folhas frescas ou 100 gramas de folhas secas em um litro de água por dia. Ferver meia hora. Para aplicação diluir um litro deste macerado em dez litros de água.
Controla ácaros, cochonilhas e pulgões.
- Macerado curtido de urtigaColocar 500 gramas de folhas frescas ou 100 gramas de folhas secas em um litro de água e deixar dois dias. Para aplicação diluir em 10 litros de água e pulverizar sobre as plantas ou no solo.
Controla pulgões e lagartas (aplicado no solo)
- Macerado de fumoPicar 10 cm de fumo de corda e colocar em um litro de água por um dia em recipiente não-metálico com tampa. Diluir em 10 litros de água e pulverizar as plantas.
Controla cochonilhas, lagartas e pulgões.
- Mistura álcool e fumoColoque 10 cm de fumo picado em uma tijela e cubra com álcool misturado com um pouco de água. Quando o fumo absorver o álcool, coloque mais álcool misturado com um pouco de água e deixe 15 dias de molho, tampando a tijela, para que a nicotina seja retirada do fumo. Coloque o líquido em uma garrafa com tampa e, na hora de usar, misture com sabão ralado e água nas seguintes proporções: um copo de mistura de água e fumo, 250 gramas de sabão e 10 litros de água.
Controla pulgões.
- Mistura de querosene, sabão e macerado de fumoAqueça 10 litros de água, 20 colheres de sobremesa de querosene e 3 colheres de sopa de sabão em pó biodegradável. Deixe esfriar e adicione um litro de macerado de fumo. Pulverizar sobre as plantas.
Controla cochonilhas com carapaça e ácaros.
- Mistura de sabão, macerado de fumo e enxofreMisturar em 10 litros de água morna, meia barra de sabão, um litro de macerado de fumo e um kg de enxofre. Deixar esfriar e pulverizar sobre as plantas.
Controla ácaros.
- Cravo de defuntoQuando plantado nas bordaduras impede o aparecimento de nematóides nas plantas cultivadas.
- Tajujá, taiuiá ou melancia-bravaÉ uma planta trepadeira cujas folhas são bem parecidas com as da melancia. A raiz é semelhante à da mandioca. Apanha-se esta raiz, corta-se em pedaços de 10 cm e distribui-se na lavoura. A seiva ou líquido existente na raiz atrai insetos, fazendo com que estes não ataquem a planta cultivada. Deve ser renovada regurlamente.
Controla besouros ( "vaquinha" ).
- Purungo ou cabaçaTambém é uma planta trepadeira. Suas folhas são parecidas com as de abóbora. Quando o fruto está maduro (seco) é usada para cuia de chimarrão. Quando está verde, o fruto cortado ao meio atrai insetos, devendo ser espalhado na lavoura, como o tajujá.
Controla besouros ("patriota") .
- Soro de leiteQuando pulverizado sobre as plantas, resseca e mata ácaros.
- Armadilha luminosaColocar uma lanterna de querosene acessa a partir das sete horas da noite no meio da lavoura e deixar até de madrugada, principalmente nos meses de novembro a fevereiro. As mariposas são atraídas pela luz e batem no vidro da lanterna, caindo num saco de estopa aberto que é colocado logo abaixo. No dia seguinte matar as mariposas.
Controla mariposas, especialmente a mariposa-oriental (broca-dos-ponteiros) que ataca os pomares.
-Saco de aniagemUmidecê-lo com um pouco de leite e colocar na lavoura em vários locais. No dia seguinte pegar as lesmas que estão aderidas ao saco e matá-las.
- Solução de água e sabãoColocar 50 gramas de sabão caseiro em 5 litros de água quente. Após esfriar, aplicar com o pulverizador.
Controla pulgões, cochonilhas e lagartas.
- Infusão de losnaDerramar um litro de água fervente sobre 300 gramas de folhas secas e deixar em infusão por 10 minutos. Diluir em 10 litros de água. Pulverizar sobre as plantas.
Controla lagartas e lesmas.
- CervejaA cerveja atrai lesmas. Fazer armadilhas com latas de azeite, tirando a tampa e enterrando-as a com abertura no nível do solo. Colocar um pouco de cerveja misturada com sal. As lesmas caem na lata atraídas pela cerveja e morrem desidratadas pelo sal.
Controla lesmas.
- Pimenta vermelhaPimenta vermelha bem socada, misturada com bastante água e um pouco de sabão em pó ou líquido pulverizada sobre as plantas, age como repelente de insetos.
Outras plantas também podem ser utilizadas como inseticidas, entre as quais se destacam:
- PiretroÉ obtido de algumas plantas do gênero Chrysanthemum, da família Asteraceae, com o qual se faz um inseticida contra pulgões, lagartas e vaquinhas. É obtida fazendo-se a maceração das flores. Sua ação pode ser aumentada ( ação sinergística ) com uso da sesamina, produto obtido do extrato de gergelim ( sesamum indicum ), da família Pedaliaceae.
- AlamandaOu chapéu-de-Napoleão. São plantas do gênero Allamanda, da família Apocynaceae. Com suas folhas prepara-se uma infusão para combater pulgões e cochonilhas.
- Santa BárbaraOu cinamomo, a Melia azedarach. da família Meliacea. O extrato alcoólico de seus frutos é utilizado para combater pulgões e gafanhotos. A substância encontrada nesta planta, a azadirachtina, inibe o consumo das plantas por estes insetos.
- ArrudaRuta graveolens. da família Rutaceae. Suas folhas são utilizadas no preparo de uma infusão para o combate a pulgões.
- Pimenta-do-reinoPiper niger, da família Piperaceae. De seus frutos se extrai uma substância que inibe o consumo das plantas por diversos insetos.

SUGESTÕES  DE PREPARADOS COM ERVAS, ESPECÍFICOS PARA CONTROLE DE DOENÇAS- Chá de camomilaImergir um punhado de flores em água fria por um ou dois dias. Pulverizar as plantas, principalmente as mudas em sementeira.
Controla diversas doenças fúngicas.
- Mistura de cinza e calDissolver 300 gramas de cal virgem em 10 litros de água e misturar mais 100 gramas de cinzas. Coar e aplicar sobre as plantas por pincelamento ou pulverização durante o inverno, quando as árvores estão em dormência.
Controla barbas, líquens e musgos.
- CalFazer uma pasta de cal e pincelar sobre o tronco. Com isto evita-se a subida de formigas e ajuda controlar a barba das frutíferas.
- Pasta de argila, esterco, areia fina e chá de camomilaMisturar partes iguais de argila (barro), esterco, areia fina e chá de camomila, de modo a formar uma pasta. Usar para proteger os cortes feitos por podas e também ramos ou troncos doentes durante o outono após a queda das folhas e antes da floração e brotação.
- Chá de raiz forte (crem)Derramar água quente sobre folhas novas da raiz forte e deixar em infusão por 15 minutos. Diluir 1 litro da infusão em 2 litros de água e pulverizar a planta toda.
Controla podridão parda das frutíferas.



COENTRO


Nome científico: Coriandrum sativum L.
Família: Umbelliferae
Origem: Costa do Mediterrâneo (Sul da Europa, Oriente Médio e África do Norte)
Características da planta: planta anual, herbácea, com caule cilíndrico, estriado e pouco ramificado, que pode atingir de 0,70 a 1,00m de comprimento. As folhas são de coloração verde-brilhante e apresentam-se em duas formas: as inferiores pinadas e as superiores bipinadas. Exalam um aroma forte e fétido quando esmagadas, lembrando o cheiro exalado por percevejos.
Características da flor: as flores, pequenas e de coloração branca ou róseo-violácea, estão dispostas numa inflorescência do tipo umbela. O florescimento ocorre entre a primaverae o verão.

*fonte: Flores do Alimento - Silvestre Silva - Empresa das Artes - 1997

É importante lembrar que antes da decisão de investir no cultivo de plantas medicinais e aromáticas, principalmente para quem não tem experiência com estas culturas, é obter mais informações sobre o assunto, para conhecer todas as etapas e técnicas envolvidas na produção.
É aconselhável procurar orientação de instituições de pesquisa ou profissional capacitado, para se informar quais plantas são mais indicadas para serem cultivadas na propriedade, em função da localização e tipo de solo da mesma, entre outros fatores. Deve-se ainda, realizar pesquisa de mercado procurando descobrir quais são os compradores mais próximos, qual a possibilidade de negociar a produção, entre outros pontos importantes.
Traremos apenas informações gerais e sobre o cultivo desta planta, visando sua exploração comercial, fornecendo ainda alguns endereços para mais informações.
De modo geral, para qualquer planta de uso aromático e medicinal, para se iniciar uma cultura seja a nível comercial ou mantê-la na horta doméstica, as sementes e mudas devem ser adquiridas de produtores ou de viveiros de mudas idôneos, que garantam a identificação botânica correta. Alguns aspectos referentes a colheita e pós-colheita devem ser conhecidos, como por exemplo:
- determinação do momento ideal da colheita, que varia de acordo com o órgão da planta, estádio de desenvolvimento, época do ano e hora do dia;
- conhecimento de qual parte da planta contém o princípio ativo de interesse;
- a colheita de sementes é realizada quando elas estão completamente amadurecidas ou no caso de serem deiscentes (que caem após o amadurecimento), antecipa-se a colheita para evitar as perdas;
- a colheita deve ser realizada em períodos sem ocorrência de chuvas, preferencialmente no período da manhã, após o orvalho ter evaporado;
- as ferramentas utilizadas variam de acordo com as partes que serão colhidas. Normalmente são utilizadas ferramentas simples: tesouras de poda (caule e folhas) e pás, enxadas e enxadões (raízes e partes subterrâneas);
- o material cortado é acondicionado em recipientes adequados à parte colhida ( sementes, flores, outros);
- o material coletado tem destinos variados: uso direto do material fresco, extração de substâncias ativas ou aromáticas do material fresco e secagem para comercialização "in natura".
Embora não tenhamos como objetivo indicar o uso medicinal desta ou de qualquer outra planta, destacamos algumas recomendações contidas no livro Plantas e Saúde - Guia Introdutório à Fitoterapia:
- utilize somente plantas medicinais conhecidas;
- procure conhecer a parte da planta que serve como remédio (raiz, caule, folha ou flor);
- não colete plantas medicinais nas margens de rios ou córregos poluídos e esgotos, bem como na beira de estradas, devido as substâncias tóxicas liberadas pelo escapamento dos veículos;
- procure conhecer as plantas que são tóxicas;
- tenha cuidado ao comprar ervas medicinais, observando sempre o seu estado de conservação (se não tem mofo, insetos, etc);
- procure conhecer o modo de preparo das plantas utilizadas como remédio (infusão, cozimento, etc);
- estar atento a indicação de uso da planta, se é para uso interno (beber) ou externo (compressa, cataplasma, etc);
- não substitua imediatamente o remédio dado pelo seu médico por plantas indicadas por amigos. Procure antes conversar com seu médico.
Após estas ressalvas, passaremos a tratar sobre o cultivo do Coentro.
O cultivo do Coentro Nome científico: Coriandrum sativum L.
DESCRIÇÃO E ORIGEM: planta herbácea anual, pertencente a família das Umbelíferas. É nativa em países da Europa.
Altura: média de 25 a 60 cm.
Caule: cilíndrico, estriado, um pouco ramificado.
Folhas: coloração verde-brilhante, alternadas, pinadas ou bipinadas.
Floração: ocorre entre a primavera e o verão.
Frutos (ou sementes): possuem diâmetro entre 1,5 a 5 mm.
Variedade: branca e roxa.
Finalidade: planta de uso medicinal e aromática.
Partes das plantas utilizadas:
®Uso aromático: frutos (sementes) bem maduros e secos. As folhas verdes e frescas são também empregadas na culinária. As folhas do coentro só podem ser conservadas sob refrigeração. As folhas e frutos verdes exalam um odor forte e desagradável característico desta planta (se assemelha ao odor de percevejo "esmagado").
®Uso medicinal: frutos.
CULTIVO
Clima: o coentro é uma planta que tolera bem tanto o frio como o calor, assim como curtos períodos de seca.
Plantio: através de seus frutos ou sementes.
Solo: são preferidos os solos férteis, profundos, bem drenados e com boa exposição à radiação solar. Devem ser evitados solos ácidos e os que retêm muita umidade.
Fertilidade do solo e adubação: solos ricos em nitrogênio e adubações nitrogenadas intensas devem ser evitadas, pois o excesso de nitrogênio atrasa o amadurecimento das sementes ou prolonga o período de progressivo amadurecimento e reduz a produção. Adubações com fósforo e potássio no mesmo ano do plantio produzem sementes mais aromáticas.
Preparo do solo: aração e gradagem.
Quantidade de sementes por hectare:15 a 25 kg.
Semeadura: semear em local definitivo.
Época da semeadura: cada região tem sua época mais adequada, mas recomenda-se que seja feita no início da primavera. A semeadura deve ser programada de forma que a colheita não coincida com épocas de chuvas intensas, o que prejudica a colheita. Deve-se evitar a semeadura no período de inverno, devido principalmente ao risco de ocorrência de geadas. Para culturas em escala comercial, devido ao rápido amadurecimento dos frutos, sugere-se que a semeadura seja realizada aos poucos, em etapas, para evitar que a colheita de toda a área cultivada seja realizada de uma única vez, o que poderia gerar perdas durante a colheita, pois as sementes maduras e secas caem facilmente no solo, reduzindo o rendimento.
Espaçamento entre linhas: usar espaçamento de 30 cm, para solos livres ou com pouca ocorrência de plantas daninhas. Para solos onde é freqüente a infestação por invasoras, o espaçamento é feito de acordo com a largura do cultivador que será utilizado.
Profundidade de semeadura: as sementes devem ser semeadas nos sulcos das linhas a uma profundidade de 2 a 2,5 cm, e cobertas com 1 a 2 cm de terra.
Utilizar espaçamento de 2 a 5 cm, entre as sementes na linha.
Germinação: ocorre no período de 7 a 14 dias. Deve-se então realizar o desbaste, eliminando as plantas fracas e determinando-se o espaçamento final entre uma planta e outra na linha, de 15 a 25 cm.
Tratos culturais: realizar controle e combate de ervas daninhas. Irrigar ou drenar o solo, e adubar, sempre que necessário.
Colheita dos frutos: é realizada a partir do momento em que 50 a 60% dos frutos, apresentam cor amarelo-dourado ou marrom-claro-amarelado, ou pardo, conforme a variedade. A colheita é feita, cortando-se os ramos com as umbelas (extremidades dos ramos onde estão os frutos). As umbelas cortadas podem ser colocadas em recipientes sem furos, para serem transportados para o local de secagem.
Mão-de-obra: treinada para reconhecer o período ideal da colheita e realizar todos os procedimentos relacionados à mesma.
Colheita das folhas: é feita a partir do momento em que a planta possui folhas suficientes que possam ser colhidas, sem prejudicar o seu desenvolvimento, encerrando a colheita quando surgirem os primeiros órgãos que originarão as flores.
Bibliografia:
COSTA, M.A. (et al). Plantas e Saúde - guia introdutório à Fitoterapia. Governo do Distrito Federal, 1992. 88 p.
MARTINS, E.R.; CASTRO, D.M.; CASTELLANI, D.C.; DIAS, J.E. Plantas Medicinais. Universidade Federal de Viçosa. 1994. 220p.
VON HERTWIG, I.F. Plantas aromáticas e medicinais: plantio, colheita, secagem, comercialização. 2a ed. - São Paulo: Icone, 1991. 414 p.
Endereços:
  • Produção de mudas e treinamento
Prefeitura de Juiz de Fora
Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento
R: Ten. Luiz de Freitas, 116 - Sta Terezinha
CEP 36045-560 - Juiz de Fora - MG
Fone:(0xx32) 690-7912
Fax:(0xx32) 224-8003
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  • Pesquisas sobre cultivo
  • Informações sobre colheita e secagem

8 de maio de 2013

Cursos de Horticultura Orgânica e Jardinagem Biodiversa no Recanto Sol Lunar


Cursos de Horticultura Orgânica e Jardinagem Biodiversa no Recanto Sol Lunar

Aberto a todos os interessados em cultivos naturais

Se você gosta de jardinagem, cultivo de plantas, ou adora cuidar do jardim da sua casa, não pode deixar de fazer os cursos de Horticultura Orgânica e Jardinagem Biodiversa. Eles são ofertados pelo Recanto Sol Lunar, localizado em Campina Grande do Sul, Paraná. 

curso de jardinagem curitiba

>> Cursos de férias no Solar do Rosário


Os cursos acontecem nos dias 11 e 12 fevereiro e tem como proposta a iniciação e aprofundamento em práticas ecológicas para implantação, manutenção, conservação e revitalização dejardins, pomares, hortas e áreas de preservação ambiental.

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>> Instituto Cervantes promove cursos intensivos de espanhol


Os interessados poderão participar de um ou mais módulos de acordo com o interesse. As inscrições já estão abertas e vão até o dia 6 de fevereiro. 

Confira abaixo os módulos ofertados pelos cursos: 
- Horticultura orgânica
- Plantas companheiras
- Biomineralização 
- Irrigações super alternativas 
- Banco de sementes
- Ervas aromáticas 
- Plantas medicinais
- Poda de frutíferas 
- Compostagem Laminar
- Tratos culturais para solos e plantas no verão
- Arranjos biodiversos de vasos, floreiras, canteiros e minijardins
- Truques e jeitinhos para manter a umidade ideal 

Serviço 
Local: Recanto Sol Lunar – Campina Grande do Sul/PR (30 km do centro de Curitiba) 
Horário: Início no sábado às 10h e término no domingo às 15h. 
Valor: R$ 180 (inclui alimentação e pernoite no local, mudas e sementes) 
Observação: Trazer roupa de cama e banho, repelente e artigos de higiene pessoal 
Inscrições: Em virtude do número limitado de vagas, os interessados deverão solicitar a reserva de vaga enviando um e-mail para: helkot@mps.com.br ou pelos fones: 3676-1433 ou 9907-8797. Em resposta receberão uma senha, que corresponderá ao valor em centavos a ser depositado numa conta que será informada, juntamente com o valor de inscrição no curso, de 30 reais, até o dia 06 de fevereiro. Por exemplo, quem receber a senha 07, depositará R$ 30,07. O valor restante (R$ 150) será pago no dia do evento. 
Ministrante dos Cursos: Ademar da Silva Brasileiro

(Fonte: Assessoria de Imprensa do Recanto Sol Lunar / Fotos: Divulgação /  Recanto Sol Lunar)

A agricultura orgânica versus o método de cultivo tradicional

"O que é melhor para a humanidade, um tomate orgânico mais caro, que ocupa uma área agrícola maior, mas que não utiliza agroquímicos e emprega três pessoas, ou um tomate convencional, mais barato, produzido em uma área menor, mas que utiliza insumos químicos e emprega uma pessoa?", pergunta Fernando Reinach,biólogo, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 24-05-2012.
Eis o artigo.
A produção orgânica de vegetais ocupa 1% de toda a área plantada no planeta. Os outros 99% são cultivados utilizando os métodos tradicionais. Mas, se você perguntar aos consumidores se eles preferem um tomate orgânico - cultivado sem pesticidas, herbicidas e adubos químicos - ou um tomate produzido de maneira convencional, provavelmente a estatística se inverte: 99% (eu inclusive) preferiria o tomate orgânico. Será que a humanidade não deveria adotar de maneira definitiva a produção orgânica?

Estudantes conhecem modelo de cultivo orgânico


Programa coordenado pelo Sebrae promove a produção agroecológica sustentável

Autor: Wellington Amarante
Divulgação
Estudantes conhecem modelo de produção orgânica em Sergipe
Estudantes conhecem modelo de produção orgânica em Sergipe
Aracaju - O modelo de produção de hortaliças orgânicas desenvolvido nos Assentamentos Rosa Luxemburgo e Paulo Freire II, na cidade de Estância (SE), despertou a atenção de um grupo de estudantes do curso de Agroecologia do Instituto Federal de Sergipe. Eles participaram de uma aula prática em duas unidades produtivas na região e conheceram as técnicas utilizadas pelos agricultores durante o plantio.
Os produtores rurais dos assentamentos recebem apoio do Programa de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), iniciativa coordenada pelo Sebrae em Sergipe, Fundação Banco do Brasil e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além deoferecer uma nova alternativa de trabalho e renda para a agricultura familiar, o programa tem como foco o respeito ao meio ambiente e aos hábitos e costumes da população, utilizando técnicas que conhecidas no meio rural.

A ideia é produzir alimentos sem o uso de qualquer tipo de agrotóxicos, aliando a criação de animais à produção vegetal, preservando a qualidade do solo e das fontes de água e incentivando o associativismo. O programa começou a ser desenvolvido no Rosa Luxemburgo em dezembro de 2011 e, desde então, beneficia 15 famílias do Movimento dos Sem Terra (MST). No Assentamento Paulo Freire, seis famílias são atendidas pelo Pais.

“O Pais é um dos modelos mais bem-sucedidos de agricultura orgânica no país e é importante mostrar aos estudantes os resultados dessa iniciativa”, explica o professor Jorge Tavares. O processo consiste na presença de um galinheiro central e três círculos de hortas em uma área de cinco mil metros quadrados. No local, também é instalada uma caixa d´água para garantir a irrigação do terreno, por meio da técnica de gotejamento, em que a água é vagarosamente fornecida a uma área específica, próxima às raízes da planta.

A escolha das espécies a serem plantadas leva em conta as condições de produção e comercialização. A presença do galinheiro garante a integração dos animais com o cultivo das hortaliças, facilitando a utilização dos estercos das aves para enriquecer o solo e o uso das sobras dos plantios para alimentar os animais. Todo o processo de montagem da estrutura é acompanhado por técnicos do programa.

De acordo com agricultor José Valter de Jesus, a visita dos estudantes permitiu a troca de experiências sobre a agricultura orgânica. “Eles têm o conhecimento científico e nós temos o prático. Acho que esses encontros são bons para adquirir novas informações e avaliarmos o nosso sistema de trabalho”.
Fonte:http://www.agenciasebrae.com.br/noticia/19825560/ultimas-noticias/estudantes-conhecem-modelo-de-cultivo-organico/